Creatina

A creatina já era conhecida desde o século passado, porém sua função no metabolismo muscular e no desempenho físico tornou-se motivo de interesse recentemente.

Na célula muscular, a creatina em sua forma fosforilada, creatina-fosfato (CP), constitui uma reserva de energia para a rápida regeneração do trifosfato de adenosina (ATP), em exercícios de alta intensidade e curta duração.

A creatina orgânica tem duas fontes, a síntese pelo próprio organismo (a partir de 3 aminoácidos) e a ingestão de alimentos (especificamente das carnes). O pool orgânico desta substância encontra-se localizado quase na sua totalidade na musculatura esquelética.

A maioria dos estudos de suplementação com creatina tem mostrado a possibilidade de aumentar o pool orgânico deste composto em 10 a 20%. A ampliação da reserva de energia no músculo através da creatina tem permitido aprimorar o desempenho físico de atletas. A creatina está fora da lista de substâncias proibidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), por isso seu consumo não é considerado como doping.

Ainda não existe um consenso sobre os efeitos colaterais do consumo de creatina por tempo prolongado. Sempre consulte um profissional da área para orientar seu uso e a quantidade a ser utilizada para seu objetivo específico.

Dra. Georgia Rocha | Nutricionista Esportiva | Instituto Bonvivere

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
HARRIS, R. C., SODERLUND, K., HULTMAN, E. Elevation of creatine in resting and exercised muscle of normal subjects by creatine supplementation. Clinical science, Colchester, v.83, n.3, p.367-374, 1992.

NEWSHOLIME, E., LEECH, T., DEUSTER, G. Keep on running. Chichester: John Wiley & Sons, 1994. P.50-69.

REDONDO, D. R., DOWLING, E.A., GRAHAM, B. L., ALMADA, A. L., WILLIAMS, M. H. The effect of oral creatine monohydrate supplementation of running velocity. International Journal of Sports Nutrition, Stuttgart, v.6, n.3,p.213-221, 1996.

 

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